segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Um pedaço de madeira?


   Ao dizer uma sentença simples, podemos ter a certeza que ela é inteligível, mas a compreensão está no outro que nos ouve e aquilo que é facilmente compreensível para nós pode ser incompreensível para outros.
   Uma pessoa que não se interessa tanto por madeira pode simplesmente dizer a outra:
   -Pegue esse pau, que está logo aí, por favor.
  A ordem pode ser muito bem compreendida pela outra pessoa como também pode causar certa confusão (ruído na mensagem). Pau é uma palavra muito imprecisa. Para quem conhece um pouco sobre sobre madeira, cada formato de madeira tem um nome característico, como: tábua, viga, caibro e assim por diante. Se o ouvinte fosse alguém que conhecesse um pouco sobre madeira a mensagem causaria certo estranhamento pela falta de clareza, o contrário também causaria. Imagine a ordem sendo dita a quem não conhece nada sobre madeira:
   -Pegue aquele sarrafo, logo ali, por favor.
   A pessoa talvez pensasse:
   -Sarrafo, o que é isso? É aquele pau logo ali?
   Notamos que a clareza é relativa àquele que fala e seus ouvintes. É possível ser claro e facilmente compreendido, por se acrescentar adjetivos aos objetos ao serem referenciados, isso, quando não é exagerado, torna a sentença mais suave. Imagine que algum conhecedor de madeira peça para outra pessoa que nada sabe sobre madeira:
    -Por favor, pegue aquele sarrafo de madeira escura próximo a porta.
   A ordem foi alterada para uma exortação fácil de ser compreendida pela outra pessoa, seja conhecedora de madeira ou não.
   Vivemos num mundo com tanta tecnologia para facilitar a comunicação, mas ao mesmo tempo a comunicação ainda é um grande desafio, um desafio para qualquer pessoa.