Sempre vi os lápis
de meu pai apontados de modo diferente, eles tinham a parte apontada
mais longa. Por muito tempo pensei que isso fosse um costume de
carpinteiros apontarem seus lápis, já que a ponta mais alongada
permite praticidade.
Ao aventurar em
desenhos, descobri que ter a ponta mais longa é costume dos
profissionais de desenho, raramente um desenhista profissional usa um
apontador para apontar lápis, o estilete embora demore mais, tem
suas vantagens.
Muitas vezes temos
que nos adaptar ao modo rápido de fazer as
coisas, mas determinadas vezes conservamos velhos hábitos porque nos
dão prazer ou traz recordações dos tempos em que tudo era
fascinante: - cortar, serrar, desbastar, cheirar, ver a beleza de
qualquer pedaço de madeira. Quando olho para a ponta do meu lápis
recém-apontado tento discernir se foi utilizado o alburno, o cerne
ou até a parte resinosa da madeira (geralmente pinus). Quando as
condições são favoráveis à imaginação penso até em como seria
a área de reflorestamento dos pinus já que em meu lápis há a
inscrição: “Madeira reflorestada.”
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