Os livros da
categoria – faça você mesmo – sempre me despertam interesse. A
biblioteca da escola pode disponibilizar esse tipo de livro, porém
nem sempre possui esses livros. Depois de um certo tempo a
bibliotecária da escola apresentou um livro desse tipo. O livro se
tornou especial, era grosso, com inúmeras fotografias e dicas, com
ele aprendi muito.
Passei a conhecer
ferramentas novas, e isso aguçou a criatividade para construir
ferramentas. Quando conheci o macete, já não precisava mais
utilizar um martelo para bater em um formão. O meu primeiro macete
foi especial, o fiz a partir de um pedaço de jatobá bem
avermelhado, e cerne de candeia para o cabo, depois de pronto me dei
conta do quão bom é criar coisas.
Emprestei esse livro inúmeras vezes. Certa vez meu pai resolveu fazer
um jogo de peças de xadrez indicado pelo livro, muito feliz o
ajudei nessa tarefa. Até hoje tenho em minha mente a rapidez com que
as peças foram confeccionadas, para as peças claras foi utilizado
ipê-amarelo que foi encerado para não escurecer. As peças escuras
tiveram a sorte de serem confeccionadas com jacarandá que também
foi encerado para conservar sua nobre aparência.
Nesse dia aprendi
como a habilidade de criar pode ser útil para tudo, temos que
improvisar quando há dificuldades ou não se tem determinada
ferramenta. Ao olhar para as peças de xadrez me dou conta de que
criar é sem sombra de dúvida motivo de alegria, todos nós gostamos
de dizer: Eu fiz! Ou : Ajudei a fazer!